sábado, 20 de novembro de 2010

Assembleia Geral


Realizou-se ontem a Assembleia Geral da ARPIAC para votação do Orçamento e do Plano de Acção para 2011.

Infelizmente não houve, uma vez mais, a preocupação de o horário de funcionamento da Assembleia Geral se realizar fora do período laboral o que poderá ter impedido a participação de alguns associados. Sem pormos em causa o legal e legítimo direito de utentes dos serviços da ARPIAC participarem nas Assembleias, o que seria estultícia da nossa parte se o fizéssemos, é aceitável que possamos equacionar e afirmar que alguma dependência pode influenciar o sentido do voto.

O Orçamento não se apresentava nas condições que permitissem uma apreciação consciente, concreta e informada, o que nos obrigou, a nós sócios da ARPIAC e Candidatos da Lista “MUDAR para SERVIR”, a apresentar uma proposta no sentido de suspender a votação do Orçamento para que o mesmo pudesse vir a ser alterado pela Direcção e reapreciado noutra Assembleia Geral.

A proposta que apresentámos foi a seguinte:


PROPOSTA

1.    Considerando que o Orçamento é um indicador de receitas e custos mas, também e essencialmente, uma ferramenta importante para uma boa gestão;

2.    Considerando que o Orçamento se pode e, sobretudo se deve, reflectir no Programa de Acção;

3.    Considerando que a ARPIAC já tem que, também, ser encarada como uma instituição de média dimensão;

4.    Considerando que as associações devem implementar uma filosofia em que seja realçado o trabalho com os sócios e não para os sócios;

5.    Considerando que os sócios são co-responsáveis pelo futuro da ARPIAC e quando votam o Orçamento estão a dar o seu aval ao caminho que consideram que deve ser seguido;

6.    Considerando que um Orçamento tem que ser suficientemente claro para permitir uma opção informada e uma gestão responsável;

7.    Considerando que a ARPIAC é uma associação onde se reflectem diversas valências a que correspondem múltiplas prestações de serviços;

8.    Considerando que a responsabilidade pelas consequências de um eventual adiamento da aprovação do Orçamento deve ser atribuída exclusivamente aos Corpos Sociais não só pela forma como é apresentado aos sócios como pelo atraso na apresentação, feita, inclusive, numa Assembleia Geral realizada fora dos prazos estatutários;

9.    Considerando que o Orçamento não é acompanhado de “sub-orçamentos” que expressem a receita e os custos prováveis de cada uma das valências, designadamente as referentes ao Lar, ao Centro de Dia, ao Apoio Domiciliário, à Creche, à Academia Cultural e às receitas e encargos com os Corpos Sociais;

10.  Considerando que a ausência destes Centros de Custo expressos no Orçamento impedem uma apreciação consciente, concreta e informada


PROPOMOS


Que seja suspenso o ponto 1 da Ordem de trabalhos até à apresentação de um novo Orçamento que contemple as preocupações e considerações dos associados.


Esta proposta viu rejeitada a admissão para discussão por uma diferença de 10 votos, tendo os membros da Direcção, em exercício e presentes, exercido o direito de voto de forma diferente. E, curiosamente, ou talvez não, alguns dos sócios presentes que votaram contra a discussão da proposta sentiram-se na necessidade de intervir afirmando que era democrático o sentido de um voto que proibia o diálogo e a análise de ideias.

A democracia, infelizmente, também é assim que funciona.

Mas, o mais curioso ainda, ou talvez não, é que alguns associados queriam, depois de terem votado contra a admissão para discussão (pasme-se!) discutir a proposta, o que levou um dos proponentes a protestar junto da Mesa da Assembleia Geral. Efectivamente quem agora desejava discutir a Proposta deveria ter votado favoravelmente a admissão para discussão.

A incoerência foi gritante.

Mas a incoerência ainda foi mais gritante quando alguns sócios, que tinham votado contra, consideraram correcta a existência de Centros de Custo na Contabilidade da ARPIAC e apelaram para que passasse a ser assim.

E esta?!

Claro que o Orçamento passou tal como estava. Só não entendemos a quem serve a aprovação de um Orçamento que não é suficientemente claro para permitir uma opção informada e uma gestão responsável.

Foi também aprovado (agora com os nossos votos) um Documento a que já fizemos referência AQUI e que, como já esclarecemos, foi entregue pela Lista “MUDAR para SERVIR” ao ainda Presidente da Mesa da Assembleia Geral.


Não abdicamos da verdade e do rigor


Contamos consigo para MUDAR

Queremos contar com o seu voto

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